denúncia

Servidor é exonerado após denúncia de venda irregular de túmulo

Eduardo Tesch

Foto: Renan Mattos (Diário)

Um servidor municipal que ocupava um cargo de confiança (CC) no Cemitério Ecumênico Municipal foi exonerado na última segunda-feira, em Santa Maria. O motivo é uma denúncia por suposta apropriação e tentativa de venda irregular de um túmulo no cemitério.

O caso veio à tona depois que a dona do jazigo, Ana Maria da Silva, 67 anos, pediu para que o filho, Alessandro da Silva Medeiros, 38 anos, fosse até o local para realizar melhorias. Porém, ao chegar no lugar do antigo túmulo, estava um novo, diferente. Em um primeiro momento, Ana pensou que o filho tivesse ido ao local errado. Mas, quando chegou no cemitério, constatou que realmente a estrutura não estava mais ali.

- Me sinto a pior pessoa do mundo. Passo os dias chorando porque isso mexeu muito comigo - diz, emocionada.

No túmulo, estavam enterrados os corpos da filha e de uma comadre de Ana Maria.

- Agora, ninguém sabe onde estão os ossos delas. Não sei se estão ali. Só quero descobrir a verdade - lamenta.

Em razão do ocorrido, mãe e filho procuraram o vice-prefeito, Sérgio Chechin (PP), que atualmente também ocupa o cargo de Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, para relatar o caso.

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- Eles me procuraram para explicar o que aconteceu. Estavam chateados, assim como eu ficaria. Segundo o servidor (que foi exonerado), a raiz de uma árvore estava rachando o túmulo, e ele decidiu por bem tirá-lo dali - diz Chechin.

Em nota, o Executivo explica que, por entender a gravidade dos fatos e a responsabilidade do servidor, somado esse fato a outros relatos que chegaram ao conhecimento da prefeitura, ficou decidido a exoneração do servidor denunciado.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para solicitar contato com o ex-servidor. O nome dele seria publicado caso ele fosse encontrado e pudesse apresentar sua versão. 

INVESTIGAÇÃO
Na última sexta, o caso foi registrado por Ana Maria e pelo filho na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O caso foi encaminhado, devido à localização do cemitério, para a 3ª Delegacia de Polícia. O delegado André Diefenbach é o responsável pelo caso.  

- Recebemos a ocorrência e fizemos fotografias do local. Ouvimos a dona do jazigo e o filho dela. Agora, eu irei pedir a comprovação da propriedade do túmulo. Depois, vamos ouvir os servidores da prefeitura - explica o delegado.

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